ao sentar-me no vazio do quarto , deparo-me com a imensidão de silêncios ,às paredes tortas e brancas referenciam a lembranças talvez não vividas , o vão entre portas denunciam passadas silênciosas e as janelas tocam sinfonias , ao cerrá-las ainda escuto insistentes tons em sua vidraça , mas sem perceber ensurdeço o coração pra cada lamentação . O blues passa a pulsar em minhas veias e quando me reencontro , estou eu , a gaita e ele com solfejos em dó,uma canção tão bela e aparentemente infértil ,que alivia e ressussita o músculo ,às gotejas de sentimento que suspiram , refrescam o corpo por todo ,a vaga lembrança de um céu enluarado ,me pertuba a memória , mãos frias e quentes se alternam em melodias , que surpreendem às quimeras , taças de vinhos se multiplicam na mesa sozinha , e assim noites passam , dias veem ,e só , permaneço entoar canções àtoas. Me torno a cada luar sereno ,um corpo sem pele ,que sente a cada tocar de brisa, uma esperança de que ouves cada pensamento, cada pala
Rascunhos de uma alma que respira , que se protege atrás de palavras , de gestos, Traços da minha vida talvez perdida , talvez ganhada , Minha vida!